Finanças familiares: quando é hora de “juntar as escovas de dente”?

Morar junto é uma decisão importante e olhar para o planejamento financeiro não pode ficar para depois 

Com a vida adulta, diversos são os questionamentos que surgem quando se pensa em finanças: planejamento, orçamento mensal, investimentos, poupança, rendimentos, previdência privada, ações e tantos outros podem fazer parte da vida diária e ter uma saúde financeira é essencial.

Além desse questionamento individual, as finanças são assuntos que passam a ser comuns quando se pensa em casar ou morar junto com alguém. Você já se perguntou se é o momento de “juntar as escovas de dente” e como a questão financeira fará parte dessa rotina? Vamos falar mais sobre isso, acompanhe!

Como decidir se é o momento de casar ou, simplesmente, morar junto?

Morar junto é um passo muito importante no relacionamento e o convívio diário exige diversas questões e pontos de atenção, afinal, a rotina de trabalho, família, casa, dinheiro é muito mais desgastante do que encontros semanais, certo?

Por isso, é importante refletir sobre alguns aspectos para que essa seja uma decisão tomada da forma mais certeira possível.

É claro que não existem manuais de quando “juntar as escovas de dente”, mas se fazer e responder algumas perguntas pode te ajudar a entender melhor sobre esse momento:

  • Como vocês resolvem seus conflitos?
  • O casal quer ter filhos e isso é um plano comum dos dois?
  • Vocês têm sonhos em comum?
  • Qual a importância da religião na vida de cada um?
  • Morar junto é uma ideia do casal ou faz mais parte da pressão externa?
  • A divisão de tarefas de casa acontecerá?
  • Como lidar com dívidas?
  • O que vocês admiram um no outro e o que irrita? Os pontos positivos ultrapassam os negativos pensando em uma expansão dessas características?
  • Como vocês enxergam o relacionamento no futuro?

Se são animadoras as respostas para essas perguntas e você se sente preparado para esse passo, é preciso pensar de fato em um aspecto muito importante: as finanças familiares.

De acordo com uma pesquisa de 2019 do SPC Brasil, 46% dos casais entrevistados disseram que brigavam com seus parceiros ou parceiras por questões financeiras e esse é um dos grandes problemas do dia a dia. A saúde financeira é essencial de forma individual e, mais ainda, familiar e é preciso refletir sobre ela.

Converse abertamente e estabeleçam objetivos

O primeiro passo para definir como o casal vai lidar com as finanças é falar sobre isso. É preciso que o dinheiro seja um assunto comum e não um tabu dentro do relacionamento.

Conversem sobre como lidar com ele, entenda como os salários serão direcionados, saiba quais são os gastos individuais e o que precisará abrir mão, afinal, a vida de casal exige direcionamentos de dinheiro diferente do que a vida de solteiro, certo?

Mais do que isso, estabeleçam objetivos conjuntos. Seja comprar uma casa, viajar, comprar um carro, ter filhos, fazer cursos para subir na carreira ou qualquer que seja a motivação, é preciso que elas sejam compartilhadas e divididas para que a organização da conta seja feita da melhor forma.

Tendo em mente os objetivos e onde se quer chegar, fica mais fácil entender para onde deve ir o dinheiro, o que deve ser cortado mensalmente e quando cada um precisa contribuir para tal.

Defina o tipo de união

Antigamente o casamento era a grande alternativa para os casais, mas hoje muitos simplesmente vão morar juntos, optando por união estável.

É claro que ninguém se casa ou “junta” querendo se separar, mas pensar nisso faz todo o sentido para o futuro, principalmente se ele contar com filhos e bens acumulados.

Torna-se importante saber o que estipula a lei para união estável, casamento e separação total ou parcial de bens. Isso pode não fazer sentido no momento de felicidade, mas se houver problemas no futuro essa escolha fará toda a diferença.

Faça divisão das despesas

Uma casa conta com aluguel, condomínio, água, luz, internet, gás e diversas outras contas que podem existir mensalmente. É importante entender quem pagará o que e como as despesas serão divididas.

Isso é importante para que cada pessoa possa se organizar sobre suas contas e gastos individuais, mas não deixe de pensar como dupla.

Tenha organização e faça planejamento financeiro

Se fazer planejamento financeiro individual é necessário, em casal é essencial. É preciso organizar as contas individuais e conjuntas para que os dois possam enxergar sobre o que entra, o que sai, o que precisa ser reduzido e o que deve ser melhor realocado para os objetivos.

Morar junto é muito mais do que pensar em quais séries irão assistir ou qual o menu do final de semana e, olhar para as finanças é essencial. Como você tem olhado para esse planejamento? Reflita sobre isso e boa mudança!